quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Almoço Convívio da Companhia de Artilharia 2745


Vai realizar-se no próximo dia 02 de Outubro de 2010 o Almoço Convívio da Companhia de Artilharia 2745. O evento irá ter lugar em RIO MAIOR (distrito de Santarém), no Restaurante "O MINHOTO", que fica à entrada desta cidade, no sentido de quem vem de Lisboa.
Recebi este pedido de publicação da parte do meu amigo Inocêncio Santos, que logo me prontifiquei a elaborar o cartaz, não só pela nossa amizade mas também pela particularidade de ter sido a Companhia de Artilharia 2745 a unidade que a Companhia de Caçadores 3309 foi render ao Aquartelamento de TARTIBO (NOVA TORRES), nas margens do rio ROVUMA, na fronteira com a Tanzânia, tendo partilhado e passado juntas uma boa parte (na época das chuvas) do drama da junção das águas dos rios ROVUMA e METUMBUÉ, que inundavam constantemente o Aquartelamento, obrigando a que todos fugissem para cima das árvores e aí permanecessem (e dormissem) por alguma semanas.
Quem tiver interessado em participar naquele evento, basta clicar em cima do cartaz que se reproduz (para o ampliar) e inscrever-se, entrando em contacto com INOCÊNCIO SANTOS e MANUEL da COSTA e fazer a sua inscrição com a maior brevidade possível.

Carlos Vardasca
Quarta-Feira, dia 01 de Setembro de 2010

"O Transporte para o Teatro de Operações"
(...) A CART 2745 sob o comando do capitão de Artilharia José Fernando Jorge Duque teve como munidade mobilizadora o GACA 2 em Torres Novas e embarcou em Lisboa em 22 de Julho de 1970 a bordo do navio "NIASSA" com destino a Moçambique. Inicialmente estava integrada num Batalhão de Artilharia, que foi desmembrado antes de entrar em operações, passando as suas unidades operacionais à categoria de Companhias Independentes.
Chegada ao Porto de Lourenço Marques em 12 de Agosto a CART 2745 recebeu a missão de Companhia de Intervenção do Comando Chefe de Moçambique, devendo estabelecer a sua base em Furancungo (Tete) para onde se deveria dirigir, após desembarque na Beira. Porém, já navegando a bordo do mesmo navio "NIASSA" entre Lourenço Marques e Beira, recebeu durante uma das noites a visita dum oficial do Quartel General de Nampula, vindo expressamente do QG, o qual desembarcou de um barco pneumático para o navio; trazia uma Ordem de Operações que alterava a missão inicialmente recebida pela CART 2745 e por via dessa alteração já não desembarcava na Beira mas sim em Nacala.
Assim a CART 2745, continuou no "NIASSA" até Nacala onde desembarcou em 17 de Agosto, ficando aquartelada na Base dos Paraquedistas; ali completou o pessoal e o material, recebeu todo o armamento e equipamento (excepto viaturas) e, de acordo com a Ordem de Operações, preparou-se para entrar em operações na área fronteiriça de Moçambique com a Tanzânia.
Após completa em equipamento reembarcou em 22 de Agosto, agora na Fragata NRP Hermenegildo Capelo e continuou a navegar para Norte para desembarcar em Palma no dia seguinte. O transporte de cerca de 150 militares numa fragata foi muito penoso, pois o navio não está preparado para transporte de tropas; a CART 2745 (pessoal e material) viajou amontoada no convés do navio, refrescada pelas vagas que lambiam o convés. Chegada ao largo de Palma, no extremo norte de Moçambique, teve de fazer transbordo de pessoal e materiais, em alto mar, para pequenos barcos tradicionais de pesca à vela.
Foi uma operação original, além de arriscada (...)

In: A CART 2745 em Moçambique. José Fernando Jorge Duque. ex-comandante da CART 2745

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