sábado, 23 de agosto de 2014

Pequena crónica de uma passagem por Vila Viçosa

Eu, a Odília e o amigo Lobo. Vila Viçosa 2014

Nestas férias de 2014, eu e a Odília decidimos desta vez percorrer todo o Baixo e Alto Alentejo (a Mafalda estava em Portimão) num trajecto entre Beja e Nisa que durou cerca de uma semana, com paragem e estadia nos locais mais significativos do percurso. 
A quando da nossa passagem por Vila Viçosa, contactei com o meu amigo Lobo (meu companheiro da Companhia de Caçadores 3309 - Norte de Moçambique 1971-1973) que me disse mais tarde, quando lhe telefonei, que estava a tentar dormir a sesta sentado numa cadeira, num pequeno cubículo da sua loja. 
Segundo me disse, dantes tinha ali um pequeno sofá que lhe proporcionava sestas mais tranquilas e confortáveis, mas alguém o aconselhou a retira-lo, por não ser legal ter aquele "estandarte" num local de comércio. 
Como estava muito calor, lá nos fomos "refrescar" numa esplanada no centro de Vila Viçosa, onde no final de nos saciarmos, lá me "salvou" de uma pequena "burla" tentada por um dos funcionários do café, que estava relacionada com o preço a pagar pelas cervejas por nós "emborcadas", cujo ticket dizia 8,40€ mas que ficou reduzido a 6,20€ devido à sua intervenção junto da proprietária do café. 
Se algum de vós conhecer o Lobo e for a Vila Viçosa e quiser encontrar este amigo, deve dirigir-se ao seu "escritório", denominação que ironicamente atribui à delegação do seu "clube do peito" (Sporting Clube de Portugal), que funciona em frente da sua loja, num pequeno café/cervejaria, que serve de sede e local de encontro dos Sportinguistas da terra, onde ele dá "alimento" à sua saliente barriga, emborcando copos de tinto "uns atrás do outros", numa frequência onde "cada rodada calhe a todos". (Nunca são menos de seis)
Depois de anteriormente eu e a Odília termos almoçado no típico restaurante "O FORNO" onde nos deliciámos com um excelente Cozido de Grão, à noite já jantámos com o Lobo no restaurante "Florbela Espanca", num convívio bastante agradável que promete repetir-se. 
É bom, de vez em quando, encontrarmos os nossos amigos e, quando viajo, levo sempre comigo uma listagem dos contactos da malta que esteve comigo em Moçambique na Guerra Colonial. O que foi curioso e ainda bem que isso aconteceu, neste nosso encontro não falámos uma única vez daquela guerra que nos atormentou durante cerca de 26 meses e que nos obrigou (e aos nossos companheiros da C.CAÇ. 3309) a viver situações bastante dramáticas. Foram férias curtas mas muito agradáveis, à medida das "parcas moedas que tilintavam na profundidade dos nossos bolsos".

Carlos Vardasca
23 de Agosto de 2014


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