Poemas trilhados pela denúncia
Prosas rasgadas na censura,
Ventos que não sopram de feição,
Grades, algemas, qual tortura.
Gentes que suam sem protesto,
Fatos de ganga gastos de cansaço,
Rostos silenciados pela noite,
Presos, carentes de um abraço.
Noite submersa manhã revolta,
Gargantas secas gritos roucos,
Fardas ingénuas na penumbra,
Vampiros do regime, depostos, loucos.
Ruas inundadas de mudança
Nascem, correm multidões mil,
Liberdade arrancada parida da revolta,
Abraça o nascer de Abril.
Carlos Vardasca
24 de Abril de 2008
Foto de Alfredo Cunha
Sem comentários:
Enviar um comentário