sábado, 5 de maio de 2007

"A minha miúda era a Laurentina"

(...) Foi de facto uma "miúda" que nunca me abandonou. Na altura, escrevia-me com a Hermelinda que tinha conhecido na recruta em Lagos no verão de 1970, e entre nós já havia um "trocadilho" que roçava a intimidade apesar da distância. Mas como "os amores de verão vão-se como a areia", senti-me de facto "apaixonado" pela "Laurentina" devido à constante proximiddade. Era de facto uma relação muito próxima, ao ponto de colaborarmos mutuamente na satisfação das nossas necessidades. Quando eu me sentia mais quente ela refrescava-me, e quando ela estava aquecida era eu que a dotava de toda a frescura para que ambos nos sentissemos saciados. A "Laurentina" nunca me abandonou, e nos momentos de maior tristeza era ela que me transportava para outras loucuras que me faziam esquecer o inferno onde me encontrava. Por vezes, numa atitude de "infidelidade" trocava-a pela "2M", que pela sua frecura também me saciava na ausência da "Laurentina" que por vezes escasseava na cantina.
Sob o seu efeito, cantei muitas vezes em grupo "lá longe onde o sol castiga mais", e ainda hoje me recordo de como era gratificante esconder os meus medos no seu "colo" (...)

Carlos Vardasca
05 de Maio de 2007

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