quarta-feira, 17 de setembro de 2008

36 anos depois a malta da C.ART. 2745 volta a encontrar-se.


Recebi do camarada Atílio Santos da Companhia de Artilharia 2745 a informação de que a Companhia ia encontrar-se no 36º Aniversário do seu regresso de Moçambique, sendo este ano o 26º Almoço de convívio e com o seguinte programa:

12,30 horas - Concentração no Restaurante
13,00 horas - Almoço no local de convívio
18,00 horas Lanche

Os interessados em participar devem contactar para:
Atílio Santos - Telf: 244814365 ou 966908625
Filipe Pereira (Setenta) Telef: 244732317 ou 914596332

Decerto que vão ser momentos de partilha de uma imensa satisfação por se encontrarem de novo, mas também relembrar os momentos difíceis por que passaram em Moçambique e prestar um singela homenagem aos companheiros tombados em combate.
E porque o momento também é de alegria, irão provavelmente comparar a farta refeição do convívio com o tradicional arroz com peixe com que os presenteavam nas margens do rio Rovuma, dieta só interrompida a quando da visita do General Kaúlza de Arriaga ao Aquartelamento de Nova Torres em 24 de Dezembro de 1970 onde, e para variar, a ementa foi colectiva e "melhorada", sendo composta por salsichas, batatas fritas, arroz branco e um ovo a cavalo.
A Companhia de Artilharia 2745 comandada pela Capitão Duque foi rendida pela Companhia de Caçadores 3309 (de que eu fazia parte) em Nova Torres no dia 01 de Março de 1971, tendo ambas as Companhias partilhado os dramas das inundações do Aquartelamento, a angústia das patrulhas pela mata densa e a incerteza do seu regresso que a cada instante se previa incerto.
Para todos eles que agora comemoram o 36º Aniversário do seu regresso da Guerra Colonial, aqui fica também um abraço solidário de quem sobreviveu.

Carlos Vardasca
17 de Setembro de 2008

Foto 1: Visita do General Kaúlza de Arriaga, esposa e restante comitiva militar ao Aquartelamento de Nova Torres em 24 de Dezembro de 1970.

Foto 2: Momento de uma das várias inundações do Aquartelamento de Nova Torres devido à junção das águas dos rios Rovuma e Metumbué, o que obrigava a constantes retiradas para zonas mais elevadas e a dormir durante vários dias em cima das árvores.

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