sexta-feira, 23 de maio de 2008

Rumo a Kytaia


Na sequência do desenvolvimento do assunto tornado público e relacionado com o desaparecimento do Furriel Guimarães em 15 de Novembro de 1972 e o movimento que se poderá vir a formar com o objectivo de apoiar esta causa para que, com o apoio da Liga dos Combatentes, se iniciem as diligências no sentido de se localizar o local da sua sepultura nas proximidades ou na aldeia de Kytaia (Tanzânia), venho dar-vos conhecimento dos contactos já desenvolvidos e das manifestações de solidariedade já recebidas em torno desta questão.
Do contacto efectuado com a Liga dos Combatentes recebi uma carta (16 de Maio de 2008) em forma de esclarecimento que pode ser lida em: ultramar@terraweb.biz onde o seu presidente Tenente Coronel Joaquim Chito Rodrigues diz no ponto nº 9 do mesmo documento, para além de outras considerações:
" - Tendo em atenção o objectivo que pretende (exumação e transladação) cuja responsabilidade é das famílias ou entidades que as apoiem, a Liga agradece, caso sejam feitas diligências nessa sentido, informação sobre a localização exacta da inumação do referido militar na Tanzânia, sem prejuízo das diligências que a Liga possa desencadear via Adido de defesa em Moçambique".
Posteriormente a Liga elaborou um ofício dirigido ao Coronel Câmara Stone, Militar Adido de Defesa na Embaixada de Moçambique em Maputo, cujo ofício manifesta a preocupação com as dificuldades em se "obter dados concretos sobre a localização dos restos mortais deste militar", concluindo no ponto nº 4 do mesmo ofício:
" Será que com o apoio das autoridades Moçambicanas e/ou da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, com quem a Liga tem contactos e com quem vai estreitar relações, haveria possibilidades de iniciar um processo de confirmação da localização?"
Bem ao jeito da linguagem popular "a coisa parece que já vai mexendo" a avaliar também pelos vários mails e telefonemas recebidos a manifestarem a maior admiração por esta causa, onde destaco, entre outros, uma carta vinda do Estados Unidos da América enviada pelo membro de três Associações de Veteranos de Guerra ali emigrado (West Caldwell, NJ. USA) o senhor Moisés Cavadas, que diz a dado passo:
" ... Tenho esperança que tarde ou cedo as ossadas daquele militar serão encontradas...
Certo que a sua alma estará em paz. Não importa que estejamos em qualquer parte do Mundo... o velho veterano continua sempre a honrar os mortos e fazer justiça ao vivos..."
Consciente da importância que este assunto vai tomando dadas as várias manifestações de solidariedade, sempre que surgirem desenvolvimentos sobre esta causa "Do Tejo ao Rovuma" dar-lhe-á a devida importância e deles fará eco.
Carlos Vardasca
23 de Maio de 2008
Foto: O Grupo Especial (GEs) 212 (de que fazia parte o falecido Furriel Guimarães) sai do Aquartelamento de Nhica do Rovuma para um patrulhamento junto à fronteira com a Tanzânia. Na foto vê-se o seu comandante, Furriel Pinto da Companhia de Caçadores 3309 que participou naquela operação a acenar para o soldado que tirava a fotografia.


1 comentário:

Luis Santos disse...

è com grande satisfação, que veijo, o caso do Furriel Guimarães chegar ao seu termo.
Aqui fica o meu apreço a todos os seus colegas que nunca o esqueceram, e tomaram a iniciativa, de resgatarem as suas ossadas, de retorno á Mãe Pátria, para junto dos seus familiares.
Que Deus, vos elumine, e vos ajude a encontrar a sua campa.
Fica aqui a minha ademiração e apreço por todos vòs.
Bem haja, a homens de boa vontade.

Um abraço para todos.


Luis Santos