domingo, 1 de novembro de 2009

Um protesto que nos chega dos Estados Unidos da América

Ainda sobre o Suplemento Especial de Pensão atribuído aos ex-combatentes e que foi alvo recentemente de um verdadeiro roubo, a que o actual governo ainda terá que ser confrontado e prestar justificações perante um grande protesto a nível nacional que penso que todas as Associações de ex-Combatentes devem desde já começar a organizar, recebi de Moisés J. Cavadas, ex-combatente em Angola (1965-1967) e actualmente radicado nos EUA, o presente texto que passo a editar.

To: Carlos Vardasca. Do Tejo ao Rovuma (web)

Caro Amigo Carlos
De novo a roubar-lhe mais um pouco do seu precioso tempo, entretanto o seu volume de correspondência electrónica é sempre "welcome" (bem vinda)...
Amigo, no seu web verifiquei que é bem visível a reclamação dos ex-veteranos (como o meu amigo) ...inconformados com a situação do governo roubar uns milhões de "tostões" (euros) com a redução do suplemento da miserável pensão.
Há um sentimento de injustiça contra nos veteranos. Uma chuva de cartas foram recebidas no ministério da Defesa reclamando o descontentamento de todos nos veteranos.
A este propósito foi publicado num jornal Americano o seguinte, que passo um resumo:

COLONIAL WAR - PORTUGUESE GOVERNMENT TAKE AWAY COINS A EXCOMBATANTS (guerra colonial - governo português tirou tostões a ex-combatentes)
Mais adianta o jornal:
Estes antigos combatentes sentem-se injustiçados pois foram sujeitos a uma guerra que não queriam, mas obrigados a cumprir. Tendo-se sujeitado ao clima terrível, doenças, calor escaldante, penetrar nas matas, capim, debaixo dum sofrimento, sem água potável, alimentação de rações enlatadas, em busca dos Nacionalistas O que todos desejavam era não encontrar o IN evitando o combate frontal e a perda de vidas humanas ou feridos entre as duas partes...
As forças Portuguesas frente a um inimigo ultimamente com armamento sofisticado (como os misseis Stella de fabrico russo) e com vasto conhecimento do terreno.
O moral das tropas Portuguesas era bem alto de robustos combatentes (confirmado pelos partidos nacionalistas (in).
E agora o governo (está-se nas lonas) criou três escalões de serviço: 75 Euros até 11 meses: 100 Euros período de 23 meses e 150 Euros para aqueles com 24 meses ou mais..
É lamentável o corte drástico para todos os afectados, principalmente para aqueles que vivem em dificuldades económicas.
PARA TODOS OS EMIGRANTES QUE POSSAM VER ESTA MENSAGEM
Saibam que cerca de quatro mil emigrantes em alguns países como a Venezuela de Hugo Chaves, estão impedidos de beneficiar do suplemento (da contagem do tempo militar) por Portugal não ter convenções com certos países (um deles a Venezuela)
Qualquer emigrante que pretenda informação sobre se tem direito à pensão caso se encontre incapacitado por invalidez ou completar 65 anos, deve requerer informação para a seguinte direcção:
Departamento de Acordos Internacionais de Segurança Social, I.P.
Rua da Junqueira, 112- Apartado 3070
1300-344 Lisboa, Portugal.
Mais de quatrocentos mil ex-combatentes têm direito a receber o Suplemento de Pensão assim que tiverem atingido o nível de idade ou baixa por incapacidade física, e que estejam incorporados nas convenções internacionais dos países Europeus ou dos E.U.da América e Canadá.
Cem mil euros é a divida do ano 2008 que o Ministério da Defesa a Segurança Nacional tem
para com a Caixa Nacional de Pensões.
Caros amigos veteranos o que mais podemos esperar? Eles têm a faca e o queijo e cortam por onde querem, pois assim diz a canção... "Eles comem tudo e não deixam nada".

Sem mais de momento
um cordial abraço.
Moisés J. Cavadas
radicado nos E. U. A.
Veterano da Guerra Colonial em
Angola 1965-1967
Registado como reservista
do exército americano
1968-1969

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